Segundo um antigo frequentador de rodas palacianas em 1967, anos difíceis de chumbo, o Presidente General Costa e Silva já estava instalado em sua poltrona do avião que o levava à sua primeira viagem oficial à Europa.
Estava um pouco inseguro com o aparato da viagem e preocupado com os temas a debater com os líderes de além mar.
Depois de três horas de voo perguntou ao imediato em qual local estavam. Com circunstância e respeito um membro da tripulação lhe informou que estavam ainda sobrevoando Pernambuco.
O General ficou intrigado: Nossa! Depois de tanto tempo de viagem ainda estamos no Brasil? O piloto falou então ao microfone, momentos depois: “Estamos sobrevoando o Estado do Rio Grande do Norte, a 40 mil pés de altitude”.
Seguiu-se então um comentário importante de nosso presidente, com grande ar de gravidade: “NOSSA, EU SABIA QUE O BRASIL ERA GRANDE. MAS NÃO SABIA QUE ERA TÃO ALTO”.
MORRENDO E APRENDENDO.
Artur da Costa e Silva foi Marechal do Exército e presidente do Brasil durante a ditadura militar, entre 1967 e 1969. Foi um dos articuladores do golpe de 1964, que depôs o governo de João Goulart, e no governo de Castelo Branco (1964-1967) ocupou o cargo de ministro da Guerra. Costa e Silva era considerado um dos representantes da “linha dura” dentro das Forças Armadas.Um dia após o golpe, Costa e Silva organizou o “Comando Supremo da Revolução”, composto por três membros: o brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo (Aeronáutica), o vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) e ele próprio como representante do Exército e homem-forte de tal comando. Afastou-se do cargo para assumir a presidência.
Durante seu governo foi inaugurada a fase mais repressiva da ditadura militar por conta da promulgação do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), que vigorou até 1978, e permitiu a institucionalização da repressão, além de dar poderes ao presidente para fechar o Parlamento e cassar políticos. Na economia, deu-se início ao chamado “milagre econômico”, com Delfim Netto à frente do Ministério da Fazenda.