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OCUPAÇÃO DESORDENADA E PARCELAMENTO DO SOLO
Tragédia Cultural e Natural pode ser evitada em região socioambiental considerada das mais ricas do país
Serras do Ibitipoca, de tradução complexa na língua indígena, sendo a mais divulgada revela sugerir, em tupi-guarani, literalmente ¨a montanha partida; furada “ibiti(ra)” acrescido de “poca”. Outra avaliação seria a tradução como “Serra que Estoura”, ou “Serra Fendida”, dada a grande incidência, até hoje, de descargas elétricas, principalmente no lugar conhecido como Morro do Cruzeiro.
A Serra tem como pequeno epicentro urbano e de serviços a Vila do Ibitipoca, fundada por bandeirantes, constituída sobre imponente maciço de pedra, e que remonta suas referências ao já longínquo ano de 1692.
No final do Século XVII, o “Monte do Ebitipoca” já é citado no roteiro de viagem do Padre João Faria Fialho (bandeira que saiu da Vila de Taubaté). A igreja, ainda intacta na Vila teve sua construção iniciada no início dos anos 1700, século XVIII. Então chamada Igreja Matriz de N. S. da Conceição. Nesse tempo, a Vila chegou a atingir mais de 5.000 moradores na procura pelo ouro naqueles contrafortes da Mantiqueira.
O QUE SAINT HILAIRE VIU E O QUE VEMOS HOJE?
O interior do Parque do Ibitipoca, testemunhado por muitos visitantes como dos espaços naturais mais bonitos no mundo, por sua geodiversidade, fauna e flora exuberantes, e celebrada em publicações científicas e turísticas internacionais, foi buscada por viajantes como o francês Auguste de Saint-Hilaire. O naturalista, em 1822, impressionou-se com tudo o que viu e ouviu. Naquele distante ano o cientista passou pela Vila, descreveu costumes, admirou se do jeito dos mineiros, narrou histórias, e herborizou na região que hoje corresponde ao Parque dos mais visitados do país. O tombamento estadual da Serra do Ibitipoca, e sua declaração como monumento natural, foram instituídos pelo art. 84 dos Atos das Disp. T. da Constituição de MG, 1989.
No entanto nem tudo são flores, proliferação e proteção da diversidade de vida e belezas naturais em Ibitipoca. Não se sabe se IBITIPOCA sobreviverá à criminosa especulação imobiliária e ocupação desordenada que destrói dia a dia sua riqueza em geo e bio diversidade, além dos citados componentes vegetais e animais. À falta de controle na gestão urbana e rural somam-se a carência de políticas públicas para a questão do tratamento de esgotos e parcelamento do solo, tratamento da crescente produção de lixo, precariedade da fiscalização e, por contraditório que possa parecer ser a questão do abastecimento de água.
Entre tragédias impostas pelo bicho homem, tesouros vão e vêm. Instalam se em nossa memória. Ou não. Resta saber como entende-los e salvá-los em todo seu valor natural e cultural.
Nossos gestores públicos, perdidos em sua própria falta de estratégia, e carência de recursos, segundo argumentam, cumprem apenas um papel decorativo de administrar um curso inexato de acontecimentos deletérios. A destruição e a ocupação desordenada são analisadas com “medidas possíveis” que nada significam para o ordenamento e garantia de direitos a todos e fluição de justiça ambiental. Um Estado ineficiente sem estratégia definida para políticas públicas urgentes, com precariedade de atuação, parece interessar se mais com a privação do majestoso Parque Estadual do Ibitipoca. Um dos mais organizados e dos primeiros a serem regularizado do Estado. De outro ponto, uma população desorganizada assiste praticamente impávida a uma série de absurdos de ordem estrutural, ordenamento urbano e rural, frutos de anomia instalada e a corrida pelo capital e interesse privado acima de tudo.
ASSUNTOS INDIGESTOS
Talvez tais questões como a ocupação ilegal, a especulação imobiliária criminosa, a falta de um Plano Diretor regional para a Vila de Ibitipoca sejam assuntos que muitos preferem evitar. O primeiro Plano Diretor de uma Vila no Brasil foi de Ibitipoca, no Governo Itamar Franco, em 1994, no entanto nunca atualizado e incompleto. No entanto, a inexistência de projetos de saneamento e tratamento de água, sejam questões que muitos desviam, de forma talvez a não atrapalhar o comércio, a frequentação cada vez maior a áreas de tanta beleza natural e ambiental, a boa e típica culinária local e a qualidade musical de seus artistas: nativos e adotados. Mas tais conflitos estão no cerne da questão socioambiental atual e não podem ser evitadas pelo Poder Público e pela população. Até porque a destruição e o crescimento desses conflitos e problemas é visível aos visitantes mais articulados.
BELEZA ESPANTOSA: PARQUE DO IBITIPOCA
Quem teve a oportunidade de visitar o Parque do Ibitipoca uma das primeiras sensações vividas é de espanto. Vivenciar uma natureza tão diferente e magnífica causa sensação no turista de admiração e, consequentemente, limpeza interior e descanso. Trata-se, ademais, de um parque relativamente pequeno com muita beleza junta.
O Parque foi criado em 4 de julho de 1973, e tem área de 1.488 hectares que ocupa o alto da Serra do Ibitipoca. Liandyr Guimarães era o Prefeito de Lima Duarte à época, José Carlos Carvalho era o Chefe de um ainda iniciante IEF, e o Deputado Estadual Lourival Brasil, um entusiasta da ideia de organização de área tão rica. A Unidade de Conservação está no local onde se dividem as bacias do Rio Grande e do Rio Paraíba do Sul e é ainda administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).
O Parque de Ibitipoca chegou a ser classificado como o 3º melhor parque da América Latina pelo traveller´s Choices 2013, do site de viagens TripAdvisior. A seleção das melhores atrações é sempre realizada com base nas avaliações e opiniões de viajantes que acessam o TripAdvisior. Isso retrata a impressão com o que é vista e vivida a área em natureza tão majestosa. Assim, foi considerada por esse que é considerado o maior site de viagens do mundo e que recebe uma média de dois milhões de visitantes por mês. No Brasil, o Ibitipoca foi considerado o segundo melhor parque e, em várias oportunidades, o terceiro mais visitado do país.
O fato é que o Parque Estadual de Ibitipoca está, de fato, inserido em ecossistema com características singulares.
A Serra do Ibitipoca está localizada na cumeeira quartzítica de uma parte da Serra da Mantiqueira e chama atenção pela diferença que detém de outros ecossistemas regionais. Isso se dá face as peculiares características dos solos, da rica flora e da fauna, emergindo daí a alta diversidade geológica e biológica, bem como uma quantidade enorme e concentrada de organismos endêmicos.
DESAFIO
Há um desafio lançado no ar: entendermos os problemas de fluxo desordenado, ocupação ilegal, invasão de áreas singulares de recursos hídricos, construções sem ambiência que respeite o ordenamento de patrimônio cultural colonial, problemas de acesso, transporte local e circulação de pessoas, conquanto tudo esse impacto tem uma interferência na fauna, na flora, e na geodiversidade local.
Esse desafio está sendo lançado por um grupo pequeno de atores socioambientais locais, interessados na proteção do patrimônio coletivo, que conhecem a história de Ibitipoca, seus valores culturais e a defesa do direito de qualidade de existência para todas as formas de vida.
Junte-se a nós nesse processo crítico e dialético de busca para o bem coletivo e individual.
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